terça-feira, 17 de julho de 2012

GREVE FEDERAL: Professores rejeitam proposta do Governo

MAJOR SALES BRASIL


Os professores da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e campus de Mossoró do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) recusaram a proposta oferecida pelo Governo Federal na semana passada. As categorias permanecem em greve por tempo indeterminado. A paralisação completa hoje dois meses.

O Governo Federal propôs, na sexta-feira passada, dia 13, um plano de carreira, a vigorar a partir de 2013, às entidades sindicais dos professores dos Institutos e das Universidades Federais. Também reduziu de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de incentivar o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos.


Os docentes da Ufersa se reuniram ontem em assembleia para avaliar a proposta. “Nós decidimos rejeitar porque a proposta não satisfaz. Se fizer a projeção da inflação para os próximos anos os professores não vão ter ganho real, pelo contrário, alguns vão perder”, informou José Torres Filho, vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufersa que, de positivo na proposta, apontou, apenas a redução dos níveis de carreira.

Os professores do IFRN Mossoró ainda estão analisando o que foi oferecido para o encerramento do movimento grevista. “Não é só a reestruturação de carreira que nós reivindicamos, mas também uma data-base. O Governo prometeu que vai dar o reajuste em três anos, mas não sabemos como será com a questão da inflação que pode aumentar daqui para lá e os professores ficam sem ganho real”, explicou Fábio Procópio, coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).

Ele acrescenta que está aguardando posicionamento do comando de greve nacional para mais encaminhamentos no âmbito local. Hoje à tarde, o comando local se reúne para discutir diversos assuntos.

PONTOS - A proposta do Executivo tem como critério o estímulo à dedicação exclusiva e a produção acadêmica nas universidades e escolas técnicas. Por essa proposta, o salário de um professor universitário com doutorado e dedicação exclusiva vai passar dos atuais R$ 11.700,00 para R$ 17 mil até 2015. Será um reajuste de 45% em três anos.

Para professores com doutorado e pouco tempo de vida acadêmica, o reajuste será de 33%, passando dos atuais R$ 7.300,00 para R$ 10 mil. Pela proposta, haverá uma estratégia de alongar a carreira do professor universitário com novas faixas salariais. Os professores com mestrados terão reajustes de entre 25% e 27%. Também será estimulada a titulação dos professores de escolas técnicas.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) recomendou que os professores das instituições federais de ensino rejeitem a proposta. Na próxima segunda-feira, 23, sindicato e governo se reúnem novamente.

Professores de Mossoró estão a caminho de Brasília para participar de movimentações em virtude da greve na capital do país.

NÚMEROS BOX:

Pela proposta, o salário de um professor universitário com doutorado e dedicação exclusiva vai passar dos atuais R$ 11.700,00 para R$ 17 mil até 2015.


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