MAJOR SALES BRASIL
Essa é uma tarefa nada fácil para muitas pessoas, principalmente para alguns pais, que procuram a psicanálise, porque seus filhos estão muito agressivos, violentos, ou que se recusam a dormir, comer e a tomar banho.
Essas últimas, tarefas simples do dia a dia de todo sujeito, mas que nesses casos são acompanhadas de brigas, xingamentos e gritos, que desconcertam os pais e adoecem os filhos.
Existe uma crença nesses pais de que seus filhos não os obedecem porque tem algum problema, talvez alguma doença ou algum gene “ruim” herdado de um parente distante, quem sabe aquele parente “menos-prezado”.
Quando investigamos o cotidiano dessas famílias, escutamos que são muito permissivos, portam-se como amigos dos filhos, influenciados pelo imaginário social, que dita a moda do “seja amigo do seu filho”.
Pensar e agir assim, é um grande equívoco, que atrapalha o desenvolvimento psíquico da criança e promove o esfacelamento da função paterna.
Não é verdade que os filhos querem que seus pais sejam seus amigos, pois esses, eles escolhem em sua escola, condomínio, clube, etc. O que eles querem e precisam, é encontrar um pai e uma mãe exatamente naqueles que tem o poder de exercer essas funções.
E quando não encontram é porque esse homem e essa mulher, não se autorizam a ir a esse lugar, de pai e de mãe. Lugar esse, que deveria coincidir com a escolha de ter um filho. Mas, sabemos que as coisas não são simples assim.
Esses homens e mulheres se atrapalham e atrapalham a vida dos filhos, igualando os membros da família e abolindo a hierarquia familiar. E sem a diferenciação, de quem é um e de quem é o outro, de quem são os pais e de quem é o filho, a criança fica sem saber quem ele é e a quem pode recorrer para lhe proteger e ensinar como deve se portar no mundo.
Sem um adulto que lhe ensine que “não pode tudo”, a criança se comportará como “um pequeno selvagem” como disse uma paciente; não saberá distinguir o que é certo e o que é errado, o que dizer, e até onde pode ir. Sem os limites, que coloca um basta na pulsão de morte, inerente a todo humano, os filhos não terão a oportunidade de lidar com sua agressividade, e quem terá lugar será: ás doenças, depressões, pânicos, violência, etc. Cada vez mais comum em muitos lares, inclusive em crianças com pouca idade.
E o fato dos pais não assumirem suas funções de detentores da lei, o fato de não colocarem limites nos filhos, é porque primeiramente eles não conseguem ouvir esse “Não!”. Por uma dificuldade que é anterior ao nascimento dos filhos, que tem a ver com sua história com seus pais.
E se não conseguem ouvir, não conseguirão falar esse “Não”!
MARCELO JOSÉ – PSICANALISTA

Essa é uma tarefa nada fácil para muitas pessoas, principalmente para alguns pais, que procuram a psicanálise, porque seus filhos estão muito agressivos, violentos, ou que se recusam a dormir, comer e a tomar banho.
Essas últimas, tarefas simples do dia a dia de todo sujeito, mas que nesses casos são acompanhadas de brigas, xingamentos e gritos, que desconcertam os pais e adoecem os filhos.
Existe uma crença nesses pais de que seus filhos não os obedecem porque tem algum problema, talvez alguma doença ou algum gene “ruim” herdado de um parente distante, quem sabe aquele parente “menos-prezado”.
Quando investigamos o cotidiano dessas famílias, escutamos que são muito permissivos, portam-se como amigos dos filhos, influenciados pelo imaginário social, que dita a moda do “seja amigo do seu filho”.
Pensar e agir assim, é um grande equívoco, que atrapalha o desenvolvimento psíquico da criança e promove o esfacelamento da função paterna.
Não é verdade que os filhos querem que seus pais sejam seus amigos, pois esses, eles escolhem em sua escola, condomínio, clube, etc. O que eles querem e precisam, é encontrar um pai e uma mãe exatamente naqueles que tem o poder de exercer essas funções.
E quando não encontram é porque esse homem e essa mulher, não se autorizam a ir a esse lugar, de pai e de mãe. Lugar esse, que deveria coincidir com a escolha de ter um filho. Mas, sabemos que as coisas não são simples assim.
Esses homens e mulheres se atrapalham e atrapalham a vida dos filhos, igualando os membros da família e abolindo a hierarquia familiar. E sem a diferenciação, de quem é um e de quem é o outro, de quem são os pais e de quem é o filho, a criança fica sem saber quem ele é e a quem pode recorrer para lhe proteger e ensinar como deve se portar no mundo.
Sem um adulto que lhe ensine que “não pode tudo”, a criança se comportará como “um pequeno selvagem” como disse uma paciente; não saberá distinguir o que é certo e o que é errado, o que dizer, e até onde pode ir. Sem os limites, que coloca um basta na pulsão de morte, inerente a todo humano, os filhos não terão a oportunidade de lidar com sua agressividade, e quem terá lugar será: ás doenças, depressões, pânicos, violência, etc. Cada vez mais comum em muitos lares, inclusive em crianças com pouca idade.
E o fato dos pais não assumirem suas funções de detentores da lei, o fato de não colocarem limites nos filhos, é porque primeiramente eles não conseguem ouvir esse “Não!”. Por uma dificuldade que é anterior ao nascimento dos filhos, que tem a ver com sua história com seus pais.
E se não conseguem ouvir, não conseguirão falar esse “Não”!
MARCELO JOSÉ – PSICANALISTA
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