sexta-feira, 19 de abril de 2013

Motorista é condenado a 10 anos de prisão por tentar matar sua amante

MAJOR SALES BRASIL
 
O Tribunal Popular do Júri condenou a 10 anos de prisão o motorista Samuel Barbosa Sabiá, que completará 30 anos na próxima quinta-feira (25) em uma das celas da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC) de Juazeiro do Norte. A sessão durou nove horas e o Conselho de Sentença acatou a tese do representante do Ministério Público, Gustavo Henrique Catanhede Morgado, condenando o réu. No dia 4 de outubro de 2011, ele tentou matar com seis tiros de revólver sua ex-amante Priscila Ferreira de Melo, de 23 anos.

Alguns parentes da vítima presentes ao auditório do Fórum Desembargador Juvêncio Santana comemoraram o resultado da sentença lida pela juíza Ana Raquel Colares Linard, que presidiu a reunião. Coube ao advogado Sérgio Gurgel o papel de defender Sabiá que já cumpriu um ano de pena, pois foi preso exatamente um mês após o atentado à bala na Rua do Centenário, imediações do Teatro Marquise Branca no Bairro Antônio Vieira.

Ele mora na Rua São Benedito (São Miguel) e, no dia do crime, fugiu em uma moto Honda Bis enquanto a garota era socorrida às pressas pela própria polícia direto para a UTI do Hospital Regional do Cariri.  De acordo com os autos, ela morou junto com Sabiá durante um ano, mas este sempre a ameaçava de morte além das agressões constantes por conta do ciúme. A tentativa de homicídio aconteceu três semanas após o fim do relacionamento com o que o rapaz não concordava.

Naquele dia, Priscila tomava banho quando ele chegou no imóvel já pegando o celular da vítima e ficou examinando. Esperou que o irmão dela saísse de casa e, depois, deu dinheiro ao filho da mesma para comprar doces. Ele foi até o quarto onde Priscila se vestia, sacou a arma e deu o primeiro tiro atingindo-a de raspão. A jovem correu e foi perseguida sendo alvejada nas costas. Ainda segundo os autos, Samuel falava “eu não disse que ía lhe matar” diante da vítima caída no solo e disparando mais vezes no abdômen até ficar inconsciente.

Priscila ficou internada durante 16 dias e submetida a várias cirurgias sobrevivendo “por milagre”. Soube até que Samuel tentou visitá-la no hospital e fazia ligações para a vítima chamando-a de “amor” e pedindo para voltar. Numa das vezes chegou a dizer que iria atrás da mesma onde ela fosse. No dia anterior ao atentado à bala, ele ingeria bebidas alcoólicas com um amigo e prometia matar Priscila a qual soube desse fato depois. Junto à vítima já tinha até ameaçado matar o filho dela caso o deixasse.

Certa vez o pai dela foi igualmente ameaçado após tomar satisfação por este ter agredido sua filha. Ele foi embora para outro estado com medo de ser morto. Uma testemunha disse em depoimento que Samuel seria viciado em drogas e, além do mais, não concordava com o fato dela ser garota de programa e sempre andava armado. Esta acrescentou que a mãe de Samuel ligou para Priscila no dia do crime dizendo que não fosse para casa. Certa vez, ele ameaçou um mototaxista apenas pelo fato deste ter olhado para a garota.
miseria

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