sábado, 2 de junho de 2012

Homens brasileiros podem perder até dez anos de vida por causa de tumores relacionados ao cigarro

MAJOR SALES BRASIL

O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável no mundo
Foto: Ana Branco/ Agência O GloboRio - Com base nas estimativas de câncer para 2012, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou ontem, no dia mundial sem tabaco, que 37% dos casos da doença previstos para este ano têm relação com o tabagismo. Quando avaliados por região, os percentuais dos cânceres causados pelo tabaco, comparados com todos os casos novos para esse ano são: 45 % nas mulheres e 34% nos homens do Norte; 38% nas mulheres e 33% nos homens do Nordeste; 40% nas mulheres e 35% nos homens do Centro-Oeste; 33% nas mulheres e 38% nos homens do Sudeste e 35% nas mulheres e 43% nos homens do Sul. Se for considerada a expectativa de vida de 80 anos, os homens do Sul do país podem perder até dez anos de vida devido aos tumores relacionados ao fumo.
Neste dia mundial sem tabaco, o tema “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta” foi adaptado da proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realidade do país enfocando os danos causados pela cadeia de produção do tabaco e os malefícios à saúde da população. Segundo dados da OMS, o tabaco mata cerca de seis milhões de pessoas por ano e, desses, cinco milhões são fumantes e ex-fumantes, mas aproximadamente 600 mil são fumantes passivos. Uma pessoa morre a cada seis segundos em decorrência do fumo e metade dos usuários atuais vai morrer por alguma doença relacionada ao tabaco. O fumo é a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam 18,8% de fumantes — 22,7% homens e 16% mulheres.
Segundo pesquisa da organização não-governamental (ONG) Aliança de Controle ao Tabagismo (ACT), as doenças causadas pelo cigarro custam R$ 21 bilhões. Considerando que o setor do tabaco pagou, em 2011, R$ 6,3 bilhões em impostos federais, segundo a Receita Federal, o país gasta cerca de três vezes e meia mais do que arrecada com cigarros e outros produtos de tabaco. Esse montante equivale a 0.5% do PIB do país em 2011.




Hábito precoce
Segundo o pneumologista e sanitarista Alberto José de Araújo, diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo e presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), quem fuma geralmente tem contato com o primeiro cigarro entre 12 e 14 anos, e 80% desses adolescentes já são dependentes aos 18 anos. Quanto mais cedo se começa, quanto maior a quantidade de cigarros e quanto mais envolvidos os aspectos emocionais e comportamentais, mais difícil é parar de fumar.
— A nicotina, principal substância do cigarro, é considerada a dependência química mais forte, levando em conta drogas lícitas ou não. E essa dependência se estabelece de forma muito rápida entre a experimentação e a entrada na rotina do indivíduo. Por isso é mais fácil parar se o fumante encarar a dependência como doença e contar com ajuda para combater o vício — explica. — Fumar é também um hábito, um vício, mas é acima de tudo uma doença.

fonte o blogo





Nenhum comentário:

Postar um comentário